Fãs, Amigos e afins

25 de agosto de 2009

Procurando a melhor esquina para virar!!!

Hoje acordei por volta das oito e meia para ir trabalhar as nove horas.
O meu emprego permite destas coisas pois basta sair de casa, em média, uns seis minutos e vinte e nove segundos antes para lá chegar com uma pontualidade extraordinária.
Digamos que o que eu fiz no trabalho não é para aqui chamado e mesmo que fosse eu não iria contar de momento.
Pelo caminho, ainda tenho tempo de ouvir a rádio Comercial da qual eu sou fã.
Tem sempre aquela música que te faz pensar que tem a ver com o que estas a viver ou sentir naquele preciso instante.
Por vezes tenho que desligar, ou mudar para uma outra rádio de notícias, pois começo a sentir o meu corpo a ter daqueles arrepios que até nos fazem transpirar mesmo estando a temperaturas negativas. Arrepios esses gerados por sentimentos passados e causados por maus/bons momentosque ao virar de uma esquina podem rasgar o coração em mil pedaços, que nem com uma tonelada de super cola três especial para corações, se consegue colar.
Eu vinha feliz pela rua da paixão. Andava numa nuvem e seguro de mim, julgava que era uma nuvem segura, como uma muralha impenetrável. Nada me poderia derrubar. Era aquilo que eu queria.
Mudei de rua num segundo ao sofrer um sobressalto em forma de SMS. Logo na primeira esquina notei que era uma rua diferente. Uma rua cheia de amargura. Não podia voltar a trás, era de sentido único. Bastaram uns metros em frente para aquela nuvem desaparecer, desmoronou-se tão rapidamente que nem me deu tempo a perceber que já estava a cair. Não sei muito bem o que senti enquanto caia pois só me apercebi quando senti que o meu corpo se estatelava, mais uma vez, com aquela força que bate nas entranhas mais profundas.
Não sei bem a distancia que me falta para chegar ao fundo desta rua da amargura desmesurada.
Tento caminhar o mais rápido possível e por vezes tenho a sensação de que retrocedo na caminhada, ou que alguém me vendeu um calçado muito pesado que me faz ir lentamente ou ate me faz parar.
Acho que nesta rua existem máquinas de tortura mental que fazem que te recordes das coisas boas para te massacrar. São máquinas muito poderosas pois o nosso cérebro adora pensar nas coisas boas mas, enfim, passadas e que infelizmente não voltaras a sentir.
Eu sei, eu sei. Enquanto pensar assim a rua continuará a não ter fim, mas como é uma rua já antes visitada por mim, tenho a esperança de que quando voltar a encontrar uma esquina para outra rua, me apareça uma outra nuvem e que desta vez seja do tipo fortaleza impenetrável definitivamente.
Tem piada, depois descobres que a rádio comercial consegue fazer o efeito que a cola não consegue. A realidade é que todos necessitávamos que houvesse um remédio rápido para este sofrimento, mas pelo menos para mim ainda não há. Tenho que me limitar a ir sofrendo lentamente e esperando que a cada dia que passa e a cada esquina que encontro, me lembre menos daquele beijo, daquele sorriso, daquele momento mais especial a dois, mas que muito provavelmente só eu recordo.

1 comentário:

Unknown disse...

Há sempre uma rua ao fundo do túnel...
Basta saber virar na direcção certa... :P